Teatro do invisivel -O Teatro Invisível é uma ramificação do Teatro do Oprimido (TO) criado pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal.
Dentro dessa abordagem (sobre o TO) existe o Teatro Invisível, forma de encenação na qual apenas os atores sabem tratar-se de uma encenação. Os espectadores presenciam e julgam a cena como real.
Podemos pensar que o Teatro Invisível mesmo não sendo uma escola, mesmo seus atores não sendo professores, acabam por ter este papel dentro de uma visão de educação libertária. Diferente de ensinarem verdades, eles problematizam as situações a que estamos
condicionados. Através das representações do Teatro Invisível, o público conversa, cria diálogo, sugere, pensa, reflete, contesta, se mobiliza, rompendo dessa forma, com o estado mecanizado de suas relações.
(“Teatro invisível é uma forma de encenação na qual apenas os actores sabem que de facto há uma encenação. Aqueles que a presenciam devem considerá-la um acontecimento real, seja ele banal ou extraordinário dentro da expectativa onde ocorre, e por isso é impreciso chamá-los “espectador”, que indica o apreciador de um espetáculo que aceita a ficção como realidade sempre consciente desse jogo de faz-de-conta. Para que seja realizável, o teatro invisível ocorre geralmente em espaços públicos ou de ampla circulação, não num edifício teatral. O “espectador” torna-se participante inconsciente da representação imprevisível. Cabe ressaltar que ao final da performance os actores devem revelar que o fato ocorrido foi uma encenação de teatro, de modo que, ao final da cena, os “espectadores” possam refletir sobre o que viram. Por exemplo, o actor pode simular um mendigo numa rua, verificando as reações dos transeuntes que, então, são levados a reagir espontânea e verdadeiramente ao questionamento que se lhe apresenta.”)